quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Sabiam que já perdi uma grande amizade por ter um filho especial?

Sabiam que já perdi uma grande amizade por ter um filho especial? Não escrevo isso para ser alvo de piedade, ou para me colocar num nível superior a ninguém, mas para analisar o fato que muitas pessoas não sabem lidar com este fato na família ou no seu circulo de amizades. Mas graças a Deus enquanto infelizmente eu perdi uma pessoa que considerava uma grande amiga, felizmente ganhei outras dezenas por esse caminho de luta que tenho trilhado depois que ganhei de presente o Josué.
Percebo que o ser humano tem muitas fraquezas (me incluo nisso), mas uma delas que quero destacar é o não saber lidar com o diferente, com o extraordinário, com as coisas que não entende.
Tenho encontrado pessoas maravilhosas nesta jornada tão curta ainda, mas tenho visto histórias tristes que me fazem refletir, onde está o verdadeiro amor que Jesus nos pediu tanto para demonstrar como seus discípulos.
Tive a oportunidade de conviver com mães que ficaram viúvas de uma hora para outra, pois os maridos depois de saberem que teriam um filho especial simplesmente sumiam, morreram literalmente. Entendo perfeitamente que receber a noticia que seu filho é especial, deficiente, e que talvez  dependerá de você para o resto da vida, não é uma noticia fácil de receber, é dolorido, angustiante, parece no momento para alguns que apareceu um futuro sem esperanças.
Mas esses sentimentos contraditórios precisam ser vencidos, e quando conseguimos olhar para nossos filhos com todo amor incondicional que eles merecem, nós conseguimos enxergar, mesmo com lutas que virão, um futuro cheio de amor, alegrias, vitórias, descobertas e de esperança sim!
Esta minha ex-amiga dizia que não podia suportar o fato de mim, uma mulher tão guerreira, que amava a Deus e procurava servi-lo com tanto empenho e paixão ter recebido um filho especial, para ela Deus não havia olhado para mim, ou eu havia praticado algo tão grave que Deus resolveu me “castigar”. Ela tão carnal e emotiva não conseguia enxergar o presente que Deus havia me dado, e quantos milagres aconteceria em minha casa depois que ele nasceu.
Por deixar de conviver comigo, ela perdeu a chance de aprender a enxergar o mundo de uma maneira diferente, com mais amor, especialmente amor pelo próximo.
No começo lamentei muito sua ausência, mas depois observando a luta diária de muitas mães especiais que foram abandonadas pelos companheiros, por ter dado a luz a um filho especial, pude perceber que eu não estava sozinha, que aquilo era real, mas graças a Deus eu tinha um esposo maravilhoso, que assumiu toda responsabilidade junto comigo, que me apoiou desde o começo e nunca me culpou por nada, sou privilegiada. Perdi uma amiga, mas ganhei muitas outras que amaram meu filho desde o primeiro instante que o conheceram.
Percebo que o mundo ainda precisa evoluir, criticamos algumas tribos de índios que matam as crianças quando percebem que são especiais, mas muitas das vezes matamos socialmente crianças e famílias por assumirem e amarem seus filhos especiais, passamos a ser invisíveis para a sociedade e temos que lutar muito pela qualidade vida de nossos filhos e pela nossa própria...
Vejo mães que deixaram de viver praticamente, deixaram de trabalhar, e até de se cuidar para se dedicar exclusivamente aos filhos, são criticadas, menosprezadas, esquecidas, humilhadas. Só quem vive e convive com este drama sabe do que estou falando.
Meu filho tem me ensinado muita coisa, uma delas está escrito na Palavra de Deus que diz:
“E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.”  Atos 10:34-35
Assim para Deus somos todos iguais, somos dádivas, nossas vidas são preciosas para Cristo, não importa como viemos ao mundo, importa é como deixaremos o mundo, nossos atitudes irão refletir em muitas vidas futuras, o mundo pode se tornar melhor ou pior, isso vai depender de cada um de nós. Somos justos, temendo a Deus e fazendo aquilo que O agrada?
Decidi fazer minha parte, primeiro amando muito meus filhos, como Jesus ensinou, sem acepção, sem escolhas, apenas decisão!
Cabe a nós decidir se vamos amar o próximo, ou vamos desprezá-lo por ser diferente.

A decisão sempre será nossa.

E não fiquem tristes se perderem do seu circulo alguém que pensava que te amava depois que teve seu filho especial, na verdade voce não perdeu nada, esta pessoa é que perdeu a chance de se tornar melhor! Ore por ela e continue vivendo, lutando e sendo feliz, é isso que seu filho(a) mais precisa de você, que seja feliz com ele e por ele!!!

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